Relato de uma mãe
Uma unha mal feita, uma mãe cansada e uma criança mais ainda (e doente).
Hoje, dia 25 de fevereiro, era para ser um dia de sol na praia com muita diversão e sorrisos sinceros. Mais precisamente, era para estarmos em um hotel em frente ao mar com parquinho aquático para as crianças. Mas, em vez disso, fomos e voltamos várias vezes para uma outra localização que não tinha nem sol, nem mar e nem água de coco. E muito menos crianças sorrindo e se divertindo.
Vamos lá, deixa eu voltar um pouquinho no tempo. Lá nas festas de fim de ano…
Enquanto quase todo mundo estava indo para a balada, passando a virada em festas aglomeradas e espalhando o Covid por todos os cantos, nós estávamos passando as festas de fim de ano sem fazer aglomeração alguma e esperando ansiosamente pelas nossas férias tranquilas. Embora o desfecho disso tudo parecesse muito óbvio, eu não podia esperar que as pessoas seriam ou agiriam como nós. Mas era óbvio que depois de algumas semanas, o Covid bateria à nossa porta.
Mas e daí? O pessoal que espalhou o Covid estava mesmo interessado em marcar presença na melhor festa de fim de ano, em tirar a melhor foto para postar no Instagram e em gravar aqueles stories "de cinema". Afinal de contas, não seriam eles que iriam pagar o preço caso o Covid desse um "boom". Sabe quem iria pagar um grande preço por tudo isso? As crianças. Isso mesmo, você leu direito. As crianças! São elas que pagam o preço a longo prazo dessas aglomerações.
Presenciamos uma maré de infecções por Covid desde o começo do ano. Todo mundo que a gente conversava e cruzava por aí dizia a mesma coisa: "Pegamos Covid."
Bom, uma semana antes da data da viagem, resolvi descer no condomínio. Estava chovendo bastante nos dias anteriores e precisava ficar com as crianças um pouco fora de casa. Brincamos um pouquinho e logo já subimos. Aí três dias depois…
Acho que você já sabe qual é o desfecho dessa história. Pelo menos parte dele. Alguns dias antes da viagem, o Rafael começou a ter febre. Apesar de já estar imaginando que isso poderia ser um sintoma de Covid, eu tentava me convencer de que ele estava quente por causa do calor. Mas claro que não era isso. Fiquei tão indignada que já fiz o teste no dia seguinte e duas horas depois veio a confirmação. Junto com o resultado positivo, veio o fim das nossas tão esperadas férias.
Mas tudo bem, temos que olhar para a frente e não ficar remoendo o passado. Não é o que todos dizem?
Mas eu tenho direito de ser uma mãe emotiva e que, simplesmente, detesta ver seus filhos tristes e doentes. E não estou exagerando nessa parte. O Rafa não teve sintomas leves e o quadro dele quase evoluiu para uma pneumonia. Só não evoluiu porque eu agi rápido. Indas e vindas ao hospital, exames, remédios. etc. O Henrique não ficou como o irmão, mas os sintomas dele também não foram tão leves. Enfim, foram dias caóticos. O susto maior já passou, mas o estresse desses dias, junto com o fato de saber que a praia ficou para outra hora, impactaram os meus dois pequenos. Mas ainda bem que criança geralmente supera as coisas de forma muito rápida.
Mas a mãe está indignada. Indignada com a falta de compaixão ao próximo. Indignada com o ser humano que só pensa nele mesmo. Indignada com a atitude de muitas pessoas. Indignada que paguei um preço por conta da irresponsabilidade de muitos por aí.
Resolvi escrever esse post porque foi uma forma que eu encontrei de desabafar. Quando eu me expresso através das palavras (escrever é a minha grande paixão), sinto-me mais leve. E se você está aí pensando que foi uma perda de tempo ler esse post, talvez você esteja precisando exercer a sua compaixão também.
Hoje, dia 25 de fevereiro, era para ser um dia de sol na praia com muita diversão e sorrisos sinceros. Mais precisamente, era para estarmos em um hotel em frente ao mar com parquinho aquático para as crianças. Mas, em vez disso, fomos e voltamos várias vezes para uma outra localização que não tinha nem sol, nem mar e nem água de coco. E muito menos crianças sorrindo e se divertindo.
Vamos lá, deixa eu voltar um pouquinho no tempo. Lá nas festas de fim de ano…
Enquanto quase todo mundo estava indo para a balada, passando a virada em festas aglomeradas e espalhando o Covid por todos os cantos, nós estávamos passando as festas de fim de ano sem fazer aglomeração alguma e esperando ansiosamente pelas nossas férias tranquilas. Embora o desfecho disso tudo parecesse muito óbvio, eu não podia esperar que as pessoas seriam ou agiriam como nós. Mas era óbvio que depois de algumas semanas, o Covid bateria à nossa porta.
Mas e daí? O pessoal que espalhou o Covid estava mesmo interessado em marcar presença na melhor festa de fim de ano, em tirar a melhor foto para postar no Instagram e em gravar aqueles stories "de cinema". Afinal de contas, não seriam eles que iriam pagar o preço caso o Covid desse um "boom". Sabe quem iria pagar um grande preço por tudo isso? As crianças. Isso mesmo, você leu direito. As crianças! São elas que pagam o preço a longo prazo dessas aglomerações.
Presenciamos uma maré de infecções por Covid desde o começo do ano. Todo mundo que a gente conversava e cruzava por aí dizia a mesma coisa: "Pegamos Covid."
Bom, uma semana antes da data da viagem, resolvi descer no condomínio. Estava chovendo bastante nos dias anteriores e precisava ficar com as crianças um pouco fora de casa. Brincamos um pouquinho e logo já subimos. Aí três dias depois…
Acho que você já sabe qual é o desfecho dessa história. Pelo menos parte dele. Alguns dias antes da viagem, o Rafael começou a ter febre. Apesar de já estar imaginando que isso poderia ser um sintoma de Covid, eu tentava me convencer de que ele estava quente por causa do calor. Mas claro que não era isso. Fiquei tão indignada que já fiz o teste no dia seguinte e duas horas depois veio a confirmação. Junto com o resultado positivo, veio o fim das nossas tão esperadas férias.
Mas tudo bem, temos que olhar para a frente e não ficar remoendo o passado. Não é o que todos dizem?
Mas eu tenho direito de ser uma mãe emotiva e que, simplesmente, detesta ver seus filhos tristes e doentes. E não estou exagerando nessa parte. O Rafa não teve sintomas leves e o quadro dele quase evoluiu para uma pneumonia. Só não evoluiu porque eu agi rápido. Indas e vindas ao hospital, exames, remédios. etc. O Henrique não ficou como o irmão, mas os sintomas dele também não foram tão leves. Enfim, foram dias caóticos. O susto maior já passou, mas o estresse desses dias, junto com o fato de saber que a praia ficou para outra hora, impactaram os meus dois pequenos. Mas ainda bem que criança geralmente supera as coisas de forma muito rápida.
Mas a mãe está indignada. Indignada com a falta de compaixão ao próximo. Indignada com o ser humano que só pensa nele mesmo. Indignada com a atitude de muitas pessoas. Indignada que paguei um preço por conta da irresponsabilidade de muitos por aí.
Resolvi escrever esse post porque foi uma forma que eu encontrei de desabafar. Quando eu me expresso através das palavras (escrever é a minha grande paixão), sinto-me mais leve. E se você está aí pensando que foi uma perda de tempo ler esse post, talvez você esteja precisando exercer a sua compaixão também.